LCM recebe visita de alunos da Escola Porto Real e promove imersão científica

Estudantes da Escola Porto Real vivenciam a rotina científica do LCM/UFRRJ em atividade educativa sobre controle biológico e microbiologia aplicada.

LCM recebe visita de alunos da Escola Porto Real e promove imersão científica
No dia 9 de maio de 2025, o Laboratório de Controle Microbiano de Artrópodes (LCM), vinculado à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), abriu suas portas para receber 43 estudantes da Escola Porto Real, acompanhados por três professores. A atividade integrou a proposta do laboratório de promover a popularização da ciência, despertando o interesse pela pesquisa científica desde os primeiros níveis da educação.

Os alunos, oriundos de turmas que vão do 9º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, foram recepcionados na estação experimental às 13h30. Com uma programação planejada de forma didática e interativa, os visitantes foram divididos em quatro grupos que circularam por quatro estações temáticas distribuídas pelos diferentes ambientes do LCM, permitindo uma imersão completa na rotina de um laboratório de pesquisa.

Estação 1: Aedes aegypti e o ciclo de vida do vetor

A primeira estação foi conduzida pela doutoranda Haika, que apresentou a colônia de Aedes aegypti mantida no laboratório. Os estudantes puderam observar de perto todas as fases do ciclo biológico do mosquito – dos ovos às larvas, pupas e adultos – e compreender a importância da criação controlada desses insetos para pesquisas voltadas ao controle de arboviroses. Durante a atividade, foi realizada uma diferenciação morfológica entre machos e fêmeas, estimulando o aprendizado prático e o reconhecimento do vetor.

Estação 2: Microscopia e morfologia de fungos e artrópodes

Na segunda estação, os alunos tiveram contato com a microscopia óptica e estereoscópica. Foram observadas lâminas contendo estruturas de Beauveria bassiana, microcultivos de Metarhizium anisopliae e reisolamentos de Stomoxys calcitrans, ácaros Psoroptes ovis e larvas de Rhipicephalus microplus. A estação permitiu aos alunos entenderem a morfologia e a identificação dos fungos entomopatogênicos, além de reconhecerem a importância dos artrópodes como pragas veterinárias e agrícolas.

Estação 3: Conservação de linhagens fúngicas

A terceira estação teve como foco a apresentação da coleção microbiológica do LCM. A doutoranda Adriani Carneiro, a pós-doutoranda Emily e o mestrando Vinícius explicaram diferentes métodos de conservação de isolados fúngicos, como repiques em placas e tubos inclinados, além do processo de liofilização, essencial para a manutenção de linhagens a longo prazo. Os visitantes puderam visualizar exemplos reais das técnicas utilizadas e compreender os critérios para a escolha de cada método de conservação.

Estação 4: Divulgação científica e projetos de pesquisa

Na última estação, montada na sala de convivência, foram expostos pôsteres e painéis com resultados de pesquisas desenvolvidas pelo laboratório. Os estudantes conheceram os projetos de aplicação de fungos no controle de pragas e vetores, ensaios laboratoriais e de campo, bem como iniciativas extensionistas anteriores. As explicações foram conduzidas de forma acessível e dinâmica pela equipe do LCM, que se revezou para garantir o envolvimento de todos os grupos.

Encerramento: ciência e bem-estar animal

Ao final da visita, os alunos foram conduzidos ao estábulo, onde puderam conhecer os espaços de criação e manejo dos animais utilizados nos experimentos. A doutoranda Adriani apresentou os cuidados relacionados à alimentação, higiene, controle sanitário e enriquecimento ambiental, reforçando o compromisso ético do LCM com o bem-estar animal e com as diretrizes dos comitês de ética (CEUA).

A atividade foi encerrada às 15h30, com um momento de confraternização e registro fotográfico dos visitantes ao lado da equipe do laboratório.

De forma geral, a visita foi extremamente enriquecedora, promovendo a troca de saberes entre pesquisadores e estudantes da educação básica. Ao proporcionar contato direto com a ciência aplicada, o LCM reafirma seu papel na formação de uma consciência científica crítica, socialmente engajada e voltada para soluções sustentáveis.

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